sábado, 1 de maio de 2010

quem foi lilith

De acordo com J. Gordon Melton, ‘‘Lilith, uma das mais famosas figuras do folclore hebreu, originou-se de um espírito maligno, tempestuoso e que mais tarde se identificou com a noite. Fazia parte de um grupo de espíritos malignos demoníacos dos americanos que incluíam Lillu, Ardat Lili e Irdu Lili.’’ Segundo ele, Lilith apareceu também no Gilgamesh Epic babilônico (aproximadamente MM A.C.) como uma prostituta vampira que era incapaz de procriar e cujos seios estavam secos. Foi retratada como uma linda jovem com pés de coruja (indicativos de vida noctívaga) que fugiu de casa perto do Rio Eufrates e se estabelece no deserto.

COMO FOI SEU NASCIMENTO? (A LENDA DA CRIAÇÃO) (²)

Lilith aparece no Antigo Testamento quando Isaías ao descrever a vingança de Deus, durante a qual a Terra foi transformada num deserto, proclamou isso como um sinal de desolação: ‘‘Lilith repousará lá e encontrará seu local de descanso’’ (Isaías 34:14) Lilith aparece em relatos da Torah assírio-babilônica e hebraica entre outros textos apócrifos. Na versão jeovística (da tradição religiosa hebraica) para o Gênesis, enriquecida pelos testemunhos orais dos rabinos consta que Lilith foi criada com pó negro e excrementos, condenada por Jeová-Deus a ser inferior ao homem. Considerando-se que Adão vivia no Jardim do Éden no pleno equilíbrio de sua sagrada androginia (pois fora criado a imagem e semelhança do criador), compreende-se como o surgimento da primeira mulher fez nascer um distanciamento entre Deus e Homem.
Num outro texto, um comentário bíblico do Beresit-Rabba (rabi Oshajjah) a primeira mulher é descrita cheia de saliva e sangue, o que teria desagradado a Adão, de modo que Jeová-Deus "tornou a criá-la uma segunda vez". Lilith, então, veio ao mundo com os répteis e demônios feitos ao cair da noite do sexto dia da criação, uma sexta feira (segundo o Bereshit Rabba). Por isso, ela já fora criada como um demônio. Lilith é representada como, rainha da Noite, mãe dos súcubos (³). Consumida a união carnal com Lilith, Adão teria mergulhado na angústia da paixão, vendo o seu distanciamento da divindade como um preço pelo êxtase orgasmático que nunca sentira.

SEU ASPECTO E COMPORTAMENTO

Lilith foi citada pela edição hebraica e inglesa de ‘‘The Babylonian Talmud’’, organizada pelo rabi Epstein e publicado pela Socino Press, de Londres, em 1978. Aqui, Lilith aparece um demônio noturno de longos cabelos, que perturba os homens. Segundo a tradição talmúdica, Lilith é a "Rainha do Mal", a Mãe dos Demônios e a Lua Negra. No Talmude, ela é descrita como a primeira mulher de Adão. Ela brigou com Adão, reivindicando igualdade em relação a seu marido, deixando-o ‘‘fervendo de cólera’’. Lilith queria liberdade de agir, de escolher e decidir, queria os mesmos direitos do homem mas quando constatou que não poderia obter status igual, se rebelou e, decidida a não submeter-se a Adão e, a odiá-lo como igual, resolveu abandoná-lo.

SUA INSATISFAÇÃO PARA COM O HOMEM (ADÃO) E SUA REVOLTA PARA COM DEUS

Segundo as versões aramaica e hebraica do Alfabeto de Ben Sirá (século VI ou VII). Cada vez em que eles faziam sexo, Lilith mostrava-se inconformada em ter de ficar por baixo de Adão, suportando o peso de seu corpo. E indagava: ‘‘Por que devo deitar-me embaixo de ti? Por que devo abrir-me sob teu corpo? Por que ser dominada por ti? Contudo, eu também fui feita de pó e por isso sou tua igual.’’ Mas Adão se recusava a inverter as posições, consciente de que existia uma ‘‘ordem’’ que não podia ser transgredida. Lilith deve submeter-se a ele pois esta é a condição do equilíbrio preestabelecido. Vendo que o companheiro não atendia seus apelos, que não lhe daria a condição de igualdade, Lilith se revoltou, pronuncia nervosamente o nome de Deus, faz acusações a Adão e vai embora; é o momento em que o Sol se despede e a noite começa a descer o seu manto de escuridão soturna, tal como na ocasião em que Jeová-Deus fez vir ao mundo os demônios. Adão sente a dor do abandono; entorpecido por um sono profundo, amedrontado pelas trevas da noite, ele sente o fim de todas as coisas boas.
Desperto, Adão procura por Lilith e não a encontra: ‘‘Procurei-a em meu leito, à noite, aquele que é o amor de minha alma; procurei e não a encontrei’’ (Cântico dos Cânticos III, 1).
Lilith partiu rumo ao mar vermelho (Diz-se que quando Adão insistiu em ficar por cima durante as relações, Lilith usou seus conhecimentos mágicos para voar até o Mar Vermelho). Lá onde habitam os demônios e espíritos malignos, segundo a tradição hebraica. É um lugar maldito, o que prova que Lilith se afirmou como um demônio, e é o seu caráter demoníaco que leva a mulher a contrariar o homem e o questionar em seu poder.

SUA UNIÃO COM SAMAEL

Desde então, Lilith tornou-se a noiva de Samael, o senhor das forças do mal do SITRA ACHRA (aramaico, significa "outro lado"). Como conseqüência, deu à luz toda uma descendência demoníaca, conhecida como ‘‘Liliotes ou Linilins’’, na prodigiosa proporção de cem por dia.

SEM LILITH, DEUS CRIOU PARA O HOMEM EVA

Alguns escritos contam que Adão queixou-se a Deus sobre a fuga de Lilith e, para compensar a tristeza de Adão, Deus resolveu criar Eva, moldada exatamente como as exigências da sociedade patriarcal. A mulher feita a partir de um fragmento de Adão. É o modelo feminino permitido ao ser humano pelo padrão ético judaico-cristão. A mulher submissa e voltada ao lar. Assim, enquanto Lilith é força destrutiva (o Talmude diz que ela foi criada com ‘‘imundície’’ e lodo), Eva é construtiva e Mãe de toda Humanidade (ela foi criada da carne e do sangue de Adão).
Jehová-Deus tenta salvar a situação, primeiro ordenando-lhe que retorne e, depois, enviou ao seu encalço uma guarnição de três anjos, Sanvi, Sansavi e Samangelaf, para tentar convencê-la; porém, uma vez mais e com grande fúria, ela se recusou a voltar. Lilith está irredutível e transformada. Ela desafiou o homem, profanou o nome do Pai e foi ter com as criaturas das trevas. Como poderia voltar ao seu esposo? Os anjos ainda ameaçaram: ‘‘Se desobedeces e não voltas, será a morte para ti.’’ Lilith , entretanto, em sua sapiência demoníaca, sabe que seu destino foi estabelecido pelo próprio Jeová-Deus. Ela está identificada com o lado demoníaco e não é mais a mulher de Adão. (Uma outra versão conta que esses mesmos anjos, a teriam condenado a vagar pela terra para sempre).

LILITH DESAFIA DEUS QUE ENVIA SEUS MENSAGEIROS PARA IMPEDI-LA

Acasalando-se com os diabos, Lilith traz ao mundo cem demônios por dia, os Lilim, que são citados inclusive na versão sacerdotal da Bíblia. Jeová-Deus, por seu lado, inicia uma incontrolável matança dessas criaturas, que, por vingança, são enfurecidas pela sua genitora. Está declarada a guerra ao Pai. Os homens, as crianças, os inválidos e os recém-casados, são as principais vítimas da vingança de Lilith. Ela cumpre a sua maligna sorte e não descansará assim tão cedo.
Uma outra versão diz que foram os anjos que mataram os filhos que tivera com Adão. Tão rude golpe transformou-a, e ela tentou matar os filhos de Adão com sua segunda esposa, Eva. Lilith Alegou ter poderes vampíricos sobre bebês, mas como os anjos a queriam impedir, fizeram-na prometer que, onde quer que visse seus nomes, ela não faria nenhum mal aos humanos. Então, como não podia vencê-los, ela fez um trato com eles: concordou em ficar afastada de quaisquer bebês protegidos por um amuleto que tivesse o nome dos três anjos. Não obstante, esse ódio contra Adão e contra sua nova (e segunda) mulher, Eva, resultou, para Lilith, no desabafo da sua fúria sobre os filhos deles e de todas as gerações subseqüentes.

LILITH REVELA SUA NATUREZA DEMONÍACA

A partir daí, Lilith assume plenamente sua natureza de demônio feminino, voltando-se contra todos os homens, de acordo com o folclore assírio, babilônico e hebraico. E são inúmeras as descrições que falam do pavor de suas investidas. Conta-se, por exemplo, que Lilith surpreendia os homens durante o sono e os envolvia com toda sua fúria sexual, aprisionando-os em sua lasciva demoníaca, causando-lhes orgasmos demolidores. Ela montava-lhes sobre o peito e, sufocando-os (pois se vingava por ter sido obrigada a ficar ‘‘por baixo’’ na relação com Adão, conduzia a penetração abrasante. Aqueles que resistiam e não morriam, ficavam exangues e acabavam adoecendo. Por isso Lilith também está identificada com o tradicional vampiro. Seu destino era seduzir os homens, estrangular crianças e espalhar a morte.

LILITH DURANTE AS ERAS (A CRENÇA EM LILITH NO MUNDO)

Lilith permaneceu como um item de tradição popular embora pouco tivesse sido escrito sobre ela quando da compilação do Talmude (século VI a.C.) até o século X. Sua biografia se expandiu em detalhes elaborados e muitas vezes contraditórios nos escritos dos antigos países hassídicos.
Durante os primeiros séculos da era cristã, o mito de Lilith ficou bem estabelecido na comunidade judaica. Lilith aparece no Zohar, o livro do Esplendor, uma obra cabalística do século XIII que constitui o mais influente texto hassídico e no Talmud, o livro dos hebreus. No Zohar, Lilith era descrita como succubus, com emissões noturnas citadas como um sinal visível de sua presença. Os espíritos malignos que empesteavam a humanidade eram, acreditava-se, o produto de tais uniões. No Zohar Hadasch (seção Utro, pag. 20), está escrito que Samael - o tentador - junto com sua mulher Lilith, tramou a sedução do primeiro casal humano. Não foi grande o trabalho que Lilith teve para corromper a virtude de Adão, por ela maculada com seu beijo; o belo arcanjo Samael fez o mesmo para desonrar Eva: E essa foi a causa da mortalidade humana. O Talmude menciona que ‘‘Quando a serpente envolveu-se com Eva, atirou-lhe a mácula cuja infecção foi transmitida a todos os seus descendentes... (Shabbath, fol. 146, recto)’’. Em outras partes, o demônio masculino leva o nome de Leviatã, e o feminino chama-se Heva. Essa Heva, ou Eva, teria representado o papel da esposa de Adão no Éden durante muito tempo, antes que o Senhor retirasse do flanco de Adão a verdadeira Eva (primitivamente chamada de Aixha, depois de Hecah ou Chavah). Das relações entre Adão e a Heva-serpente, teriam nascido legiões de larvas, de súcubos e de espíritos semiconscientes (elementares). Os rabinos fazem de Leviatã uma espécie de ser andrógino infernal, cuja a encarnação macho (Samael) é a ‘‘serpente insinuante’’ e a incarnação fêmea (Lilith), é a ‘‘cobra tortuosa’’ (ver o Sepher Annudé-Schib-a, fol. 51 col. 3 e 4). Segundo o Sepher Emmeck-Ameleh, esses dois seres serão aniquilados no fim dos tempos: ‘‘Nos tempos que virão o Altíssimo (bendito seja!) decapitará o ímpio Samael, pois está escrito (Is. XVII, 1): ‘Nesse tempo Jeová com sua espada terrível visitará Leviatã, a serpente insinuante que é Samael e Leviatã, a cobra tortuosa que é Lilith’ (fol. 130, col. 1, cap.XI).’’
Também segundo os rabinos, Lilith não é a única esposa de Samael; dão o nome de três outras: Aggarath, Nahemah e Mochlath. Mas das quatro demônias, só Lilith dividirá com o esposo a terrível punição, por tê-lo ajudado a seduzir Adão e Eva. Aggarath e Mochlath tem apenas um papel apagado, ao contrário do que acontece com as outras duas irmãs, Nahemah e Lilith. No livro História da Magia, Eliphas Levi transcreve: ‘‘Há no inferno - dizem os cabalistas - duas rainhas dos vampiros, uma é Lilith, mãe dos abortos, a outra Nahema, a beleza fatal e assassina. Quando um homem é infiel à esposa que lhe foi destinada pelo céu, quando se entrega aos descaminhos de uma paixão estéril, Deus retoma a esposa legítima e santa e entrega-o aos beijos de Nehema. Essa rainha dos vampiros sabe aparecer com todos os encantos da virgindade e do amor; afasta o coração dos pais, leva-os a abandonar os deveres e os filhos; traz a viuvez aos homens casados, força os homens devotados a Deus ao casamento sacrílego. Quando usurpa o título de esposa, é fácil reconhecê-la: no dia do casamento está calva, porque os cabelos das mulheres são o véu do pudor e está proibido para ela neste dia; depois do casamento finge desespero e desgosto pela existência, prega o suicídio e afinal abandona violentamente aquele que resistir, deixando-o marcado com uma estrela infernal entre os olhos. Nahema pode ser mãe, mas não cria os filhos; entrega-os a Lilith, sua funesta irmã, para que os devore.’’ (Sobre isso pode-se ver também o Dicionário Cabalístico de Rosenhoth e o tratado De Revolutionibus Animorum, 1.° e 3.° tomos da Kabala Denudata, 1684, 3 col. in-4.)
Diz a lenda que depois que Adão e Eva foram expulsos do Jardim do Éden, Lilith e suas asseclas, todas na forma de incubus/succubus, os atacaram, fazendo assim com que Adão procriasse muitos espíritos impuros e Eva mais ainda. Segundo a tradição judaica, Lilith faz os homens terem poluções noturnas para gerar filhos demônios . Há um costume, ainda praticado em Jerusalém, de espantar esses filhos do corpo morto de seu pai, andando em círculo com o cadáver antes do sepultamento e atirando moedas em diferentes direções para distrair os filhos demônios. Durante a idade média, as histórias sobre Lilith se multiplicaram. Já foi, por exemplo, identificada como uma das duas mulheres que foram ao Rei Salomão para que ele decidisse qual das duas era a mãe de uma criança que ambas reivindicavam.
Noutros escritos, foi identificada como a rainha de Sabá (³). Segundo uma antiga tradição judaica, Lilith apareceu a Salomão disfarçada na rainha de Sabá, uma visitante real da Etiópia ou da Arábia à corte do rei Salomão (I Reis 10). Sabá era um país pacífico, cheio de ouro e prata, cujas plantas eram irrigadas pelos rios do Paraíso. Por ter ouvido falar relatos sobre o seu maravilhoso país, o Reino de Sabá, e sua rainha de uma ave, cuja linguagem compreendia, Salomão desejava muito conhecer a rainha e ela desejava conhecê-lo devido à sua reputação de sábio, e queria fazer-lhe perguntas sobre magia e feitiçaria. Mas ele suspeitou que algo estava errado e conseguiu ludibria-la: Quando chegou, encontrou-o sentado em uma casa de vidro, e pensando que fosse água, levantou a saia, revelando pernas bem cobertas de pêlos, o que indicava que ela uma feiticeira. Não obstante, Salomão desposou-a e preparou uma poção para eliminar o pêlo de suas pernas. Conta-se, que a casa real da Etiópia alegava ser descendente da união de Salomão com a Rainha de Sabá, e os judeus negros da Etiópia, os falashes, localizam suas origens nos israelitas que o rei Salomão enviou com a rainha para a Etiópia.
Outro descendente dessa união foi Nabucodonosor, que se tornou rei da Babilônia. Uma tradição totalmente diferente nega que tenha sido uma rainha quem veio visitar Salomão, afirmando que foi o rei de Sabá. Proteção conta Lilith: Lilith foi descrita como uma figura sedutora com longos cabelos, que voa como uma coruja noturna para atacar aqueles que dormem sozinhos, para roubar crianças e fazer mal a bebês recém-nascidos. Foi encontrada entre os elementos mais conservadores da comunidade judaica do século XIX, uma forte crença na presença de Lilith, sendo que alguns deles podem ser visto ainda hoje. Lilith foi descrita como uma assassina de crianças para roubar suas almas. Ela atacava os bebês humanos, especialmente os nascidos de relações sexuais inadequadas. Se não consegue consumir crianças humanas ela come até mesmo sua própria prole demoníaca. Também é de opinião geral que foi Lilith quem provocou o ódio de Caim contra Abel, seu irmão, e levou-o a revoltar-se contra ele e matá-lo. Os homens eram alertados para não dormirem numa casa sozinhos para que Lilith não os surpreendesse.

OS AMULETOS QUE PROTEGEM O HOMEM CONTRA SUA INFLUÊNCIA TENTADORA

Em ‘‘O Livro das Bruxas’’, Shahrukh Husain relembrou um antigo conto judeu ‘‘Lilith e a Folha de Capin’’, de Jewish Folktales, que dizia que certa vez um judeu que foi seduzido por Lilith e ficou enfeitiçado por seus encantos. Mas ele estava muito perturbado com isso, e então foi ao Rabino Mordecai de Neschiz para pedir ajuda. Mas o rabino sabia por clarividência que o homem estava vindo, e avisou a todos os judeus da cidade para não deixá-lo entrar em suas casas ou dar-lhe lugar para dormir. Assim, quando o homem chegou não encontrou nenhum lugar para passar a noite e deitou-se num monte de feno num quintal. À meia-noite, Lilith apareceu e sussurrou-lhe: ‘‘Meu amor, sai desse feno e vem até aqui!’’. Curioso, o homem perguntou: ‘‘Por que eu deveria ir até ti? Tu sempre vens a mim.’’ Ela explicou-se dizendo: ‘‘Meu amor, nesse monte de feno há uma folha de capim que me causa alergia’’. O homem perguntou: ‘‘Então por que tu não mo mostras? Eu a jogo fora e tu poderás vir.’’ Assim que Lilith a mostrou, o homem pegou a folha de capim e enrolou em seu pescoço, livrando-se para sempre do domínio dela. Lilith foi marcada como sendo especialmente odiosa para o acasalamento sexual normal dos indivíduos que ela atacava como succubi e incubi. Descarregava sua ira nas crianças humanas resultantes de tais acasalamentos ao sugar-lhes o sangue e estrangulando-as. Acrescentava, também, quaisquer complicações possíveis às mulheres que tentassem ter crianças - esterilidade, abortos etc. Por isso, Lilith passou a assemelhar-se a uma gama de seres vampíricos que se tornavam particularmente visíveis na hora do parto e cuja presença era usada para explicar problemas ou mortes inesperadas. Para combatê-los, os que acreditavam em Lilith desenvolveram rituais elaborados para bani-la de suas casas. O exorcismo de Lilith e de quaisquer espíritos que a acompanhavam muitas vezes tomava a forma de um mandado de divórcio, expulsando-os nus noite adentro. Usam-se amuletos (em hebraico ‘‘kemea’’) como proteção contra demônios, mau olhado, doença, combater hemorragia nasal ou para fazer uma mulher estéril conceber, tornar fácil o parto, garantir a felicidade de um recém nascido, obter sabedoria e outros fins. Esses amuletos são textos e desenhos geralmente escritos em pequenos pedaços de pergaminho e incluem sinais mágicos, permutações de letras e os nomes de Deus (Agla, Tetragramaton, etc.) ou de anjos como o de Rafael, Gabriel ou dos poderosos anjos Sanvi, Sansavi e Samangelaf que garantem proteção contra Lilith, que ataca as mulheres no parto e causa a morte dos infantes. O amuleto é usado em volta do pescoço ou às vezes pendurado numa parede de casa. Para que um amuleto seja considerado eficaz, tem que ser escrito por uma pessoa santa (segundo a tradição judaica), exímia na prática da Cabala. Se a ele se mostrar eficaz na cura de alguém em três ocasiões diferentes, será então, comprovadamente, considerado um amuleto.
Embora, aparentemente, amuletos tenham sido amplamente usados no período talmúdico, Maimônides e outros rabinos de mente mais voltada para a filosofia, como Ezequiel Landau, opunham-se a eles, considerando-os superstições vazias. Seu uso, no entanto, foi apoiado pelos místicos e pela crença popular. Até mesmo os cristãos buscavam amuletos com os judeus na Idade Média. Em muitas partes do mundo atual há pessoas que ainda usam amuletos representando os três Anjos que foram enviados em busca de Lilith (ou Lilah, como também é chamada, o que talvez nos tenha dado Da-Lila, também uma sedutora e tentadora.) Esses talismãs são usados porque, embora Lilith se recusasse a voltar, prometeu a esses três Anjos que, se visse os seus nomes inscritos junto de um recém-nascido, ela deteria sua mão e o pouparia - o que vem a ser o propósito do ritual. Um talismã típico é um círculo mágico no qual as palavra ‘‘Eva e Adão’’ barram a entrada de Lilith, habitualmente escritas com carvão na parede do aposento onde a criança está e em cuja porta estão escritos os nomes dos três anjos. A alternativa: ‘‘Não deixem Lilith entrar aqui’’ costuma ser escrita na cabeceira da cama da mulher que espera um filho, usando-se tinta vermelha (cor da planta de Marte). Como proteção contra ela costumava-se pendurar amuletos e talismãs na parede e sobre a cama para mantê-la afastada ou pregar amuletos com as palavras ‘‘Adão e Eva excluindo Lilith’’ nas paredes da casa em que uma mulher se preparava para o nascimento do filho.

A SUPERTIÇÃO DO POVO PARA PROTEGER-SE DA INFLUÊNCIA MALÉFICA DE LILITH

No passado, o processo de nascimento era cercado de práticas mágicas com a intenção de proteger a mãe e o filho das forças demoníacas. Lilith tem inveja da alegria da maternidade, pois foi apartada do marido (Adão) logo no início de seu casamento. Ela constitui assim uma ameaça ao embrião. Também se sussurravam sortilégios no ouvido das mulheres para facilitar o trabalho de parto. A porta do quarto das crianças tinha os nomes dos três anjos escritos sobre ela, e, às vezes, cercava-se o quarto com um círculo de carvões ardentes. Nas vésperas de Shabat e da lua nova, quando uma criança sorri é porque Lilith está brincando com ela. Para livrá-la de qualquer mal, deve-se bater de leve três vezes em seu nariz pronunciando-se uma fórmula de proteção contra Lilith. Também crianças que riam no sono, acreditava-se, estavam brincando com Lilith e daí o perigo de morrerem em suas mãos.
Na Idade Média era considerado perigoso beber água nos solstícios e equinócios, porque nessa época o sangue menstrual de Lilith pingava, poluindo líquidos expostos. Parece que Lilith é mais bondosa com as meninas porque estas só podem correr o risco da hostilidade a partir dos vinte anos, enquanto os meninos estão sob a mira das suas perversidade e malevolências até o seu oitavo aniversário.
Num livro sobre ‘‘Magia das velas’’, encontramos uma versão moderna de um Talismã de Proteção Contra Lilith: ‘‘Se você quiser fazer um talismã de altar que o proteja de Lilith, e ele não precisa ficar restrito a esse uso, pode fazê-lo da seguinte maneira: pegue uma folha de papel forte, branco (o tamanho dependerá do espaço disponível). Desenhe nela um grande círculo preto, e dentro desse círculo desenhe outro menor. Divida esse círculo interior em três partes iguais de 120° e faça pequenas marcas nessas pontas. Una essas marcas para fazer um triângulo no centro do talismã. Nos três pontos em que o triângulo toca o círculo interior, entre o círculo interior e o exterior, escreva os três nomes angélicos - Sanvi, Sansavi e Semengalef - no sentido horário, um em cada ponta do triângulo. No meio do trecho, entre esses nomes, desenhe uma cruz. Coloque a vela para Lilith no centro do triângulo (Lilith é representada por uma vela branca que se tornou negativa com cera preta ou por uma vela preta), com uma vela para cada um dos três anjos do lado de fora do círculo exterior, em oposição aos seus nomes (pode marcar as velas, se desejar) na ponta do triângulo. Só que não se deve deixar de observar infalivelmente neste ou em qualquer outro talismã, o seguinte: a linha que desenha o círculo exterior deve ser inteira, sem falhas, sem interrupções. Se necessário, desenhe-o de forma extraforte, para obter isso. Se o que está tentando é conter algo, não deve haver interrupções através das quais esse algo possa escapar ou engana-lo.’’
Segundo a tradição judaica, as influencias astrológicas determinam a vida de uma pessoa, mas Israel é diretamente guiado por Deus. Porém, enquanto os cabalistas e muitos rabinos medievais acreditavam que os céus eram ‘‘o livro da vida’’ e a astrologia a ‘‘ciência suprema’’, Maimônides repudiou tais idéias como superstições proibidas. No mapa astral, Lilith ou Lua Negra indica sedução e ânsia de liberdade. Influências que atingem nossas personalidades. A Lua exerce uma influência no inconsciente, nos sonhos, no sono, na memória, nas emoções e nas reações espontâneas. Segundo o astrólogo e tarórologo Hermínio Amorim, foi a partir de 1914, quando Lilith apareceu sob a influência de Plutão, que fez uma órbita longa até 1938, que as mulheres começaram os movimentos de libertação.
Antes, Lilith aparecia sob influência do signo de câncer. Atualmente as mulheres vivem melhor sua sensualidade, sem culpa, sem medo de serem acusadas de bruxas, como antigamente. Os conteúdos psíquicos simbolizados pela Lilith são muitas vezes interpretados como raiz da libido. É claro que também são percebidos como geradores de poderes paranormais, inclinação para bruxaria, mediunidade, etc. De qualquer maneira, é uma potencialidade simbólica e inconsciente. Uma feminilidade que dura muito tempo foi oprimida e omitida (A Lua Negra. Na Idade Média foi personificada pela bruxa, contra a qual o homem, e principalmente a Igreja Católica, moveu uma das mais sangrentas perseguições de toda a sua história). De acordo com Hermínio, ‘‘Lilith foi feita por Deus, de barro, à noite, criada tão bonita e interessante que logo arranjou problemas com Adão’’. Esse ponto teria sido retirado da Bíblia pela Inquisição. O astrólogo assinala que ali começou a eterna divergência entre o masculino e o feminino, pois Lilith não se conformou com a submissão ao homem.

Decifrando as esferas e caminhos da arvore cabalistica


Cada uma das esferas que compõe a Árvore da Vida representa um princípio cósmico e arquetípico. Diz-se que elas são emanações divinas mas não devemos aqui associa-las ao conceito que normalmente temos de Deus.

Deus não pode ser considerado um ser antropomórfico que rege o cosmos ou ser comparado a qualquer coisa existente em nosso mundo. Nem sequer podemos dizer que Deus existe. Afirmar sua existência seria delimitá-lo e prende-lo em nossos conceitos. Deus, por definição e natureza, transcende a qualquer capacidade humana de pensamento o discernimento. Ele é o Todo, o Absoluto, o Princípio Primordial de onde emana toda a criação. E é bom que ressaltemos este ponto: tudo é emanação. Assim a criação não é propriamente criação mas sim emanação, isto é, não há propriamente distinção entre criador e criatura. A criação não se separa do criador mas existe nele. O homem, como tudo no universo, é um indivíduo em Deus. É um erro dissocia-lo de seu criador.
Poderíamos dizer que cada esfera da Árvore da Vida representa uma face de Deus ou um de seus aspectos. Assim o Deus que promove guerras, que comanda exércitos, está se expressando pelo seu aspecto de Gueburá. Já o Deus que perdoa, que expressa acima de tudo a misericórdia é a face divina atuando através de Hessed.
Deus é único mas expressa-se de muitas formas diferentes. E essas formas são representadas na cabala pelas esferas da Árvore da Vida.

Mas estes princípios, por serem arquetípicos e referirem-se aos estados primordiais do próprio criador, podem ser tomados como símbolos universais. A árvore é exatamente um diagrama simbólico, arquetípico e universal. Um esquema de relações essenciais que refletem os estados básicos da criação e que pode ser aplicado em todos os âmbitos desta.

Diz o princípio hermético registrado na Tábua de Esmeralda: “tal como é em cima é embaixo”. Este princípio fundamental do hermetismo é expressão de uma lei universal. Em essência cada estado da criação é uma projeção e um reflexo de um estado anterior. Assim tudo o que existe na natureza pode ser comparado diretamente a estados mais globais ou mais específicos. A mesma ordem que se vê no cosmos se vê na natureza e no homem. O homem é, na verdade, um universo em si mesmo.

Se observarmos muitas dos princípios matemáticos aplicados pelos físicos aos corpos celestes perceberemos que eles são os mesmos aplicados ao estudo do átomo. Se observarmos o comportamento da natureza externa encontraremos muitas semelhanças com nossa natureza interior. E esta observação se ampliará ainda mais se começarmos a investigar nosso espaço psicológico.
Assim a árvore como um esquema do cosmos pode ser aplicado em vários níveis. Podemos utiliza-la para estudar as relações das emanações divinas em seus estados mais primordiais. Podemos utiliza-la para estudar o universo em toda a sua organização de mundos de existência e de realidades que fogem aos nossos sentidos comuns. Podemos investigar a natureza visível sob o diagrama da Árvore da Vida. Podemos aplicar este diagrama ao homem em sua constituição física. Podemos nos aprofundar mais ainda no estudo de nós mesmos identificando todo o nosso universo interior expresso nos elementos da árvore. Para isso basta conhecer a natureza de cada esfera e identificar como esse princípio se expressa no objeto de nosso estudo. Sendo o esquema universal suas relações sempre se verificarão e apresentarão um panorama mais claro para a investigação dos elementos em questão.
Num primeiro momento é mais comum que tomemos a Árvore da Vida como esquema cósmico e divino. Com o estudo dos símbolos da árvore, com a prática da meditação e com as experiências obtidas e também com o estudo dos textos relacionados ao tema nossa compreensão sobre os elementos da árvore e de toda a Cabala Simbólica crescerá e se ampliará e poderemos, então, perceber claramente a aplicação destes símbolos e destes sistemas em vários outros âmbitos.

Este é um processo lento e que depende grandemente da intuição. Aliás, todo o estudo da cabala depende do desenvolvimento da intuição. Mas o próprio estudo e o próprio método da cabala tratará de despertar esta intuição. E neste sentido a Cabala Prática é essencial para a boa compreensão de todo o sistema.

Os simbolos magicos por tras dos vampiros

Como todos sabem vampiros são criaturas que sobrevivem alimentando-se da vitalidade dos seres humanos.
Mas como as histórias costumam não ser meramente histórias podemos encontrar ocultas entre os vários aspectos da lenda do vampiro várias pistas que nos levam à lições de simbologia e de magia.
O vampiro é constantemente retratado de forma sedutora e luxuriosa apresentando a primeira e mais óbvia relação metafórica que podemos delinear em torno do mito do vampiro: o sexo. Talvez isso pareça estranho para alguns mas os mais atentos fãs de filmes de terror já devem ter reparado as semelhanças entre o beijo do vampiro e o ato sexual. O êxtase orgástico sentido pelas vítimas durante o beijo é a primeira dica. O olhar hipnotizante e fascinador do vampiro sobre suas vítimas do sexo oposto é mais uma. Por fim temos o crescimento dos dentes como óbvia alusão à ereção. Todo o processo do beijo vampírico é um grande símbolo para o ato sexual.

Mas e o sangue? Este é o cerne da questão. Toda a caçada e posterior domínio da presa humana pelo predador da noite tem por objetivo sorver seu precioso líquido vital. O sangue escorre pela pele das vítimas simbolizando o próprio sêmen derramado no fim do ato sexual. Eis a liberação da energia vital que pode agora ser sorvida pelo vampiro alimentando e fortalecendo sua natureza demoníaca e inumana. Este momento crucial marca a morte da vítima ou sua condenação eterna à condição de seu algoz. E neste momento presente em todas as histórias envolvendo este mito os olhos dos filósofos podem contemplar a alusão simbólica para o maior segredo dos magos.

Observado sob uma ótica hermética o vampiro é um excelente símbolo para o desejo. O desejo presente em todo o ser humano constitui uma grande força, um grande centro de poder, que dá ao homem segurança e domínio sobre o mundo ao seu redor. Mas, ao mesmo tempo, o desejo constitui a grande armadilha que destitui o homem de seu posto de imperador do mundo material convertendo-o no mais submisso escravo. O desejo esconde, em verdade, o maior poder concedido pelos deuses ao homem: a energia sexual. Esta é a energia por traz do desejo. Esta é a energia por traz da libido.
Ser fascinado pelo vampiro é deixar que este se alimente de nossa própria energia vital. É ser hipnotizado pelo nosso próprio desejo, tornando-se escravo dele, e deixando que nossa energia sexual se esvaia nos momentos de êxtase do beijo da morte.

O êxtase é sentido, as presas estão prontas, e é este o momento chave para converter-se em lacaio ou para tornar-se o senhor dominando a besta sedutora. Sentir os prazeres da noite sem deixar que o sanguinis vitae escorra para os lábios do inimigo é o grande desafio de todo aquele que busca o poder sobre a vida e o mundo.

E este é justamente o segredo retratado no beijo do vampiro. Este é o ponto central do símbolo mágico e esotérico ensinado por este personagem e pelo seu mito. E se este simbolismo for compreendido toda a história do vampiro toma uma nova dimensão ensinando de maneira metafórica vários segredos relacionados ao esoterismo e ao poder mágico guardado em todo o homem para o domínio da natureza.

A compreensão do poder contido no sexo e das aplicações mágicas possíveis a partir desta fonte revestem-se sob o manto deste símbolo obscuro guardando metaforicamente a antiga chave secreta para a Magia Sexual.

Por traz de todo mito há um grande ensinamento simbólico ali guardado. Muitos mitos também guardam, além de sua porção simbólica, aspectos mais reais.

Vampiros não existem, não é mesmo? Então como explicar a presença do mito do vampiro em várias culturas ao longo de toda a história mantendo sempre as mesmas características fundamentais?

Vários ocultistas apontam que o mito do vampiro guarda, dentre poucas distorções, a descrição de um processo mágico e ritualístico que confere ao mago uma conexão mais real com as forças obscuras e os poderes da noite. Sob esta perspectiva todos os símbolos envolvendo os poderes mantidos pelos vampiros e o próprio beijo vampírico apresentam narrações reais ou bem próximas da realidade.

Como Abrir Portais


Abrir um portal para ter acesso a outras dimensões, pode parecer algo exclusivo de um ritual realizado com toda pompa por um(a) bruxo(a). Na maioria dos casos sim, porém apresentaremos um exercício simples, com resultado eficaz e rápido.

As escolas antigas de ocultismo reconhecem a existência de 4 Mundos que interagem com o homem, são eles:

1 - O "Mundo Físico", este mundo possui uma particularidade, ele é formado pela junção de dois outros mundos, o "Mundo em que vivemos" e o "Mundo Etérico" (da alma).
2 - O "Mundo Astral", É o mundo da imaginação, da visão subjetiva, das viagens astrais. Região onde são realizadas as magias e feitiços.
3 - O "Mundo Espiritual", é o mundo da contemplação da fé, mundo dos anjos... Ao contrário do que muitos poderiam pensar, não é onde as almas desencarnadas ficam.
4 - O "Mundo Mental", é o mais elevado. Está relacionado á meditação, a intuição, ao poder psíquico e as doenças psicossomáticas.

Nesta matéria abordaremos especificamente o "Mundo Astral".
Abrir um portal para ter acesso a outras dimensões é uma façanha de Alta Magia. Mas o leitor não precisa ficar frustrado, porque vamos apresentar um exercício simples e muito eficaz que lhe dará acesso ao "Mundo Astral". Nesta experiência usaremos tão somente nossa visão subjetiva (visão etérica).

FAÇA SUA EXPERIÊNCIA
Material necessário:
- Um espelho médio
- Uma vela, fósforos e pires.
- Ambiente escuro ou meia luz.

Em um ambiente escuro acenda um a vela sobre o pires ou prato (faça isso longe de objetos inflamáveis).
Fique a uma distância de aproximadamente uns 40cm do espelho (em pé ou sentado). Coloque a vela a sua direita (ou no chão), um pouco afastado e de modo que ilumine sutilmente sua face. Fixe sua visão em um ponto imaginário entre seus olhos. Evite piscar, fique com os olhos aberto.

Resultados:
Seus olhos ficarão cansados. Neste ponto da experiência, um portal se abrirá atrás de seu reflexo. Importante não desvie sua atenção, fixe no ponto entre seus olhos observe a totalidade do espelho apenas com a sua visão periférica.

O que você poderá ver, entre outras coisas:
- Um mundo estranho se formando atrás de você...
- Seu rosto se transformará em outro...
- Seu rosto poderá perder a pele mostrando os ossos...
- Um ser estranho poderá surgir no espelho, um vulto poderá aparecer

A experiência poderá ser repetida em outros cômodos da casa e em cada cômodo uma visão diferente poderá surgir no espelho.

Há perigo do portal ficar aberto ou de alguém ficar preso nele?
R: Não há possibilidades que isto ocorra. Quem fez o exercício, perceberá que ao piscar os olhos, perde-se completamente o contado com o mundo Astral e o portal se fecha.